sábado, 27 de julho de 2013

INVOCAÇÃO Á AFRODITE:



Afrodite deixa-me ser como Tu e partilhar o meu riso e a minha alegria com as/os outras/os para que juntas/os celebremos a vida.
Grande Deusa, ajuda-me hoje a celebrar o meu poder feminino.
Partilha comigo a Tua capacidade de recuperar dos revezes rapidamente, Afrodite, para que eu possa avançar para o próximo desafio na minha vida.
Obrigada, Afrodite, por me ajudares a ser otimista e alegre hoje.
Afrodite ajuda-me a sentir verdadeira alegria com o sucesso e realizações das/os outras/os.
Afrodite mostra-me como fazer para me liberar dos limites que imponho a mim mesma.
Peço-Te, Afrodite, para me ajudares a desenvolver o meu verdadeiro talento, aceitando quem realmente sou.
Afrodite, Deusa do amor, ajuda-me a acolher o amor que as/os outras/os me oferecem.
Deusa, eu reafirmo que sou um ser sensual.
Guia-me, Afrodite, até àquelas e àqueles amigas e amigos que acrescentam diversão e leveza à minha vida.
Deusa da Beleza ensina-me a sentir o prazer de estar em minha casa e no meu local de trabalho, rodeada de belos objetos.
Afrodite ajuda-me a encontrar maneiras de superar a insatisfação com o meu próprio corpo e de aprender a amar e a divertir-me.
Afrodite ajuda-me a não me comparar constantemente com as outras pessoas.
Lembra-me, Deusa do amor, que eu não tenho que ter um/a parceira/o para estar apaixonada; que eu posso ser feliz estando apaixonada/o pela própria Vida.
A Tua alegria é contagiante, Afrodite. Ajuda-me a partilhá-la com o mundo.
Afrodite ajuda-me a pôr de lado as minhas preocupações por um tempo e a ser feliz hoje.
Grande Deusa, eu alegro-me contigo em todos os atos de prazer e de amor.
Grande Deusa ajuda-me a permanecer centrada/o e emocionalmente disponível para as/os outras/os.
Afrodite partilha hoje comigo o Teu perdão e a Tua abordagem sem julgamentos.
Afrodite lembra-me hoje que, tal como Tu, sou carinhosa/o e tenho um bom coração.
Deusa, eu aceito a responsabilidade pela minha felicidade e pela satisfação das minhas necessidades.
Afrodite empresta-me a Tua capacidade para revelar o meu verdadeiro eu, sem vergonha nem medo.
Deusa do amor ajuda-me agora a manter pacífico e harmonioso o ambiente em que eu vivo.


Fonte: Ciranddalua.com.br/blog

DEUSA CALISTO:



Callisto era a antiga deusa pré-helênica das montanhas da Arcádia, personificando a força do instinto e sendo representada ora como uma jovem atleta, caçadora, correndo velozmente pelas florestas, ora como a poderosa e amorosa Mãe Ursa.
Com chegada das tribos invasoras gregas, sua imagem e seus atributos foram incorporados aos da deusa equivalente, Ártemis, transformando Callisto em uma simples Ninfa.
Quando Callisto morreu acidentalmente, Ártemis – que gostava muito dela – assumiu seus atributos e símbolos, mudando seu próprio nome para Ártemis Calliste.

DEUSAS DÉMETER E PERSÉFONE:






Deméter ou Demetra , "deusa mãe" ou talvez "mãe da distribuição"
É uma deusa grega, filha de Cronos e de Réia, deusa da terra cultivada, das colheitas e das estações do ano. É propiciadora do trigo, planta símbolo da civilização.
Na qualidade de deusa da agricultura, fez várias e longas viagens com Dionisio ensinando os homens a cuidarem da terra e das plantações.
Em Roma, onde se chamava Ceres, seu festival era chamado Cerélia e celebrado na primavera.
Com Zeus, seu irmão, ela teve uma filha, Perséfone ("a de braços brancos").
Ela é uma das deusas que tiveram filhos com mortais, e teve com o herói cretense Iasio, o deus Pluto.
Um fragmento do Catálago de mulheres, de Hesiodo, sugere que Deméter teve um outro amante mortal, Eetion, que foi fulminado por um raio de Zeus.
Alguns críticos consideram que Iásio e Eetion são a mesma pessoa.
Quando Hades raptou Perséfone e a levou para seu reino subterrâneo, Deméter ficou desesperada, saiu como louca Terra afora sem comer e nem descansar. Decidiu não voltar para o Olimpo enquanto sua filha não lhe fosse devolvida, e culpando a terra por ter aberto a passagem para Hades levar sua amada filha, ela disse:
– Ingrato solo, que tornei fértil e cobri de ervas e grãos nutritivos, não mais gozará de meus favores!



O rapto de perséfone

Durante o tempo em que Deméter ficou fora do Olimpo a terra tornou-se estéril, o gado morreu, o arado quebrou, os grãos não germinaram. Sem comida a população sofria de fome e doenças.
A fonte Aretusa (em outras versões, a ninfa Ciana, metarmofoseada em um rio) então contou que a terra abriu-se de má vontade, obedecendo às ordens de Hades e que Perséfone estava no Érebo, triste mas com pose de rainha, como esposa do monarca do mundo dos mortos.
Com a situação caótica em que estava a terra estéril, Zeus pediu a Hades que devolvesse Perséfone.
Ele concordou, porém antes, fez ela comer um bago de romã e assim a prendeu para sempre aos infernos, pois quem comesse qualquer alimento nessa região ficava obrigado a retornar.





Com isso, ficou estabelecido que Perséfone passaria um período do ano com a mãe, e outro com Hades, quando é chamada Proserpina .


O retorno de Perséfone
O primeiro período corresponde à primavera, em que os grãos brotam, saindo da terra assim como Proserpina.
Neste período Perséfone é chamada Core, a moça.





O segundo é o da semeadura de outono, quando os grãos são enterrados, da mesma forma que Perséfone volta a ser Proserpina no reino do seu marido.




Os Misterios de Elêusis, celebrados no culto à deusa, na Grécia, interpretam essa lenda como um símbolo contínuo de morte e ressurreição.
Deméter pode ser representada:

Sentada, com tochas ou uma serpente. Seus atributos são a espiga e o narciso, seu pássaro é a grou.
Tendo em uma das mãos uma foice e na outra um punhado de espigas e papoulas, trazendo na cabeça, uma coroa com esses mesmos elementos.

Fonte:


http://pt.wikipedia.org

DEUSA NÓRDICA HEL:




Na mitologia nórdica, Hel, Hela ou Hell é filha de Loki e da gigante Angrboda, irmã mais nova de Fenrir e da serpente de Midgard.
A serpente de Midgard foi banida por Odin para o mar que cerca a Terra, mas a fera cresceu tanto que podia se colocar à volta do mundo e tocar na própria cauda.
Lobo Fenris foi preso com uma corrente feita pelos espíritos da montanha, chamada Gleipnir.
Hel foi banida por Odin para o mundo inferior que recebeu seu nome, Helheim, que fica nas profundezas de Niflheim.
Helheim fica às margens do rio Nastronol, que equivale ao rio Aqueronte da mitologia grega.
Lá, recebeu o poder de dominar nove mundos ou regiões, onde distribui aqueles que lhe são enviados, isto é, aqueles que morrem por velhice ou doença.
Seu palácio chama-se Elvidner, sua mesa era a Fome, sua faca, a Inanição, o Atraso, seu criado, a Vagareza, sua criada, o Precipício, sua porta, a Preocupação sua cama, e os Sofrimentos formavam as paredes de seus aposentos.
Hela podia ser facilmente reconhecida, uma metade de seu corpo era de uma linda mulher, e a outra parte de um corpo terrivel em decomposição.
A personalidade de Hel difere das dos deuses do mundo inferior das demais mitologias :
Ela não é boa e nem má, simplesmente justa.
O termo inglês Hell (Inferno em português) origina-se do nome desta deusa.

A CARGA DA DEUSA:






Este é o texto mais importante que temos na Religião Antiga.
O Chamado da Deusa (também conhecido por Os Encargos da Deusa, O Papel da Deusa, a Exortação da Deusa ou a Carga da Deusa) foi escrito originalmente por Gerald Gardner, em 1949.
Porém, anos mais tarde, uma iniciada de Gardner, Doreen Valiente, descontente com a qualidade do texto de Gardner e achando que ele não refletia bem o espírito da Arte, resolveu reescrever o texto,fazendo-o de forma brilhante.
A sua versão se tornou mundialmente famosa e é o texto definitivo da Religião Antiga.



Ouçam vós as palavras da Grande Mãe, que desde os dias antigos foi chamada entre os homens de Ártemis, Astarte, Dione, Melusine, Aphrodite, Cerridwen, Diana, Arianrhod, Bride e por muitos outros nomes.


"Sempre que vós tiverdes quaisquer necessidades, uma vez ao mês, e melhor seria quando a lua estiver cheia, então vós deveis vos reunir em algum local secreto e adorar o meu espírito, eu que sou a Rainha de todas as bruxarias. Lá vós deveis vos reunir, vós que estais ardorosos para aprender toda a feitiçaria, mas que ainda não aprendeis os seus segredos mais profundos; a estes eu vou ensinar aquilo que ainda é desconhecido. E vós deveis ser livres de toda servidão; e como sinal de que vós sois realmente livres, vós deveis apresentar-vos nus em seus ritos; e vós deveis dançar, cantar, comer, tocar música e fazer amor, tudo em meu louvor."


"Pois meu é o êxtase do espírito e minha é a alegria do mundo; pois a minha lei é o amor para todos os seres. Mantenhais puro vosso mais elevado ideal; empenhai-vos sempre na sua direção; não deixais nada parar-vos ou desviar-vos. Pois minha é a porta secreta que se abre sobre a Terra da Juventude e minha é a taça do vinho da vida e o Caldeirão de Cerridwen, que é o Graal Sagrado da imortalidade. Eu sou a Deusa Graciosa, que dá o presente da alegria para o coração do homem. Sobre a terra eu dou o conhecimento do espírito eterno; e além da morte, eu dou paz e liberdade e vos reuno com aqueles que partiram antes de vós. Eu não peço nada em sacrifício; pois eu sou a Mãe de tudo o que vive e meu amor recai por sobre a terra."



Ouçam vós as palavras da Deusa Estelar. Ela em cuja poeira dos pés estão as hostes do céu e cujo corpo circunda o Universo.


"Eu, que sou a beleza dos campos verdes, a Lua alva entre as estrelas, o mistério das águas e o desejo do coração do homem, chamo pelas vossas almas. Levantem-se e venham à mim. Pois eu sou o alma da natureza, que dá vida ao universo. De mim tudo vêm e a mim tudo deve retornar; e ante a minha face, amada pelos Deuses e pelos homens, deixe teu ser divino mais profundo se envolver pelo êxtase do infinito."
"Deixem meu culto acontecer na terra que se regozija; pois todos os atos de amor e prazer são meus rituais. E portanto deixem que haja beleza e força, poder e compaixão, honra e humildade, júbilo e reverência dentro de vós.
E aqueles que pensam em me procurar, saibam que a vossa busca e vosso anseio devem beneficiar-vos apenas se vós souberdes o mistério; se o que vós procurardes, vós não achardes dentro de vós mesmos, então nunca encontrarão fora. Pois eu tenho estado convosco desde o início e eu sou aquela que é alcançada ao final do desejo."

SOFIA: A DEUSA DA SABEDORIA




Deusa da Sabedoria


Sofia em grego, Hohkma em hebraico, Sapientia em latim, tudo significa sabedoria.
A alma feminina dos deuses judeu-cristãos, fonte de verdadeiro poder, é Sofia.
Como deusa da sabedoria, ela tem muitas faces: deusa Negra, Feminino Divino, Mãe de Deus.
Para os gnósticos cristãos, Sofia era a Mãe da Criação: seu marido e ajudante era Jeová: seu santuário sagrado, Magia Sophia, em Istambul, é uma das sete maravilhas do mundo.
O seu símbolo, a pomba, representa o espírito: ela é cercada pelas estrelas, um ícone do centro leste para indicar a sua divindade absoluta.


Leitura do “Livro dos Provérbios” –
Provérbios 8:22-31 –




“O Senhor Deus me criou antes de tudo, antes das suas obras mais antigas.

Eu fui formada há muito tempo, no começo, antes do princípio do mundo.
Nasci antes dos oceanos quando ainda não havia fontes de água.
Nasci antes das montanhas, antes de os morros serem colocados nos seus lugares, antes de Deus ter feito a terra e os seus campos ou mesmo o primeiro punhado de terra.

Eu estava lá quando ele colocou o céu no seu lugar e estendeu o horizonte sobre o oceano.
Estava lá quando ele pôs as nuvens no céu e abriu as fontes do mar, e quando ordenou às águas que não subissem além do que ele havia permitido.

Eu estava lá quando ele colocou os alicerces da Terra. Estava ao seu lado como arquiteto e era a sua fonte diária de alegria, sempre feliz na sua presença – feliz com o mundo e contente com a raça humana”.





Istambul /Turquia





A Basílica de Santa Sofia, também conhecida como Hagia Sophia (grego: Hagia Sophia, que significa "Sagrada Sabedoria"; Ayasofya em turco) é um imponente edifício construído entre 532 e 537 pelo Império Bizantino para ser a catedral de Constantinopla (atualmente Istambul, na Turquia) e que foi convertido em mesquita em 1453 até ser transformado em museu, em 1935.


Fonte: wikipédia e "O Oráculo da deusa" - Amy Sophia Marashinsky

FRIGGA, A DEUSA ESCANDINAVA:




Frigga é a Deusa escandinava da fertilidade da terra, protetora das famílias e das tribos.
Seu nome significa "Aquela que ama" e é conhecida pelos nomes: Frigg, Frige, Frija, Fricka, Frea, Frewa, Fruwa, Hlin, Hlyn, e Lin. Vrou-elde era o nome holandês dela.
Como esposa de Odin, mãe de Baldur (o Deus da Primavera e do Renascimento ou da Regeneração), Frigga era a Suprema Deusa Mãe dos Deuses Aesir, dinastia dos Deuses do céu indo-europeu e filha de Fjorgyn.
Frigga era a Deusa do Amor, da União e do Destino. Contava-se que em um salão de seu palácio em Fensalir, em um dos mundos míticos germânicos, havia um grande tear onde as Norns, as Senhoras do Destino, enrolavam cordões para que Frigga pudesse tecer tanto o destino dos homens, quanto as nuvens do céu.



Esta atribuição associava esta Deusa também a rios, cachoeiras e água doce.
Fensalir era o local onde as almas dos cônjuges que tinham sido fiéis um ao outro se reuniam após a morte, para nunca mais se separarem.
Uma estrela da Constelação de Órion é chamada de "Friggajar Rockr", em sua homenagem.
O fuso é um poderoso símbolo que representa a sabedoria, a virtude e a indústria feminina.
A tecelagem, para os vikings, foi uma importante fonte de renda que enfatizava o poder das mulheres na tradição pagã. Nas mãos de Frigga e das Norns, o fuso transformou-se em uma poderosa arma mágica.
Os vikings acreditavam que ela conhecia o destino dos homens, em virtude desta sua ligação com as Norns.
Na maioria das vezes, Frigga se apresentava como uma mulher vestida com penas de falcões e gaviões, podendo ainda, viajar na forma de um desses pássaros.
Frigga está associada ao início do Ano Novo.
A noite mais longa o ano era dedicada à esta Deusa. Todas as mulheres grávidas invocavam Frigga, acendendo uma vela branca, nas festividades do Solstício de Inverno, para terem um parto seguro.
Pode ser invocada também, para ajudar em toda as coisas relacionadas com os ofícios de tear, cozinhar, costurar, e também para proteger as crianças.
É ela ainda, que estabelece ligação com nossos antepassados.
Os detalhes de sua adoração ficaram perdidos quando foi instituído o feudalismo.
Frigga aparece somente em alguns registros do folclore alemão, onde sobreviveu como Frau Holda.
As Deusas Holda, Percht e Berchte são muito similares a Frigga.




Como Deusa das mulheres, Frigga era considerada a Padroeira do Matrimônio e Deusa da Fertilidade. Neste aspecto está associada a Deusa Hera grega, que também era uma feroz protetora das uniões conjugais.
Assim como Hera, Frigga é casada com o Deus Supremo de sua religião.
Diferem entretanto, no que diz respeito a fidelidade.
As Deusas escandinavas não eram necessariamente fiéis, pois estavam em pé de igualdade com o homem. Além disso, o adultério não era encarado com o aspecto de total imoralidade, como em nossos dias.
As mulheres nórdicas que não traiam seus maridos, não tinham respaldo em códigos morais, mas alegavam que os amavam verdadeiramente.
A base de tais conceitos está fundamentada na origem da criação.
Para os nórdicos, toda energia masculina derivava da Deusa, ou energia feminina.
A Fêmea é aquela que dá luz e o invólucro da criação. Dentro desse contexto, todas as coisas, inclusive o homem de sexo masculino, vêm da Mãe de Todas as Coisas. É exatamente o oposto do conceito cristão de Adão e Eva, onde Deus moldou Eva a partir da costela de Adão.


A mulher primitiva era não tida como pecadora e podia-se unir-se sem culpa, a quantos homens desejasse. O amor era bom enquanto durasse, não era uma instituição e sim uma união que só se fortalecia se houvesse um sentimento maior.
Frigga teve uma união bem-sucedida com Odin, tanto que dividiu seu trono, chamado Hildskjalf, com ele e de onde podia ver os nove mundos.
Entretanto, dividia sua cama com Vili e Ve, irmãos de Odin, quando este último saía em jornadas fora de Asgard.
O adultério era desculpado pelos nórdicos, mas condenado pelos gregos.
Frigga era considerada como a Deusa defensora da paz.
Eram às mulheres que cabia o papel de intermediadoras e promotoras da paz.
O culto à Frigga era base para todas as uniões legais entre homens e mulheres e a base para todos os códigos morais da sociedade germânica.
Por esta razão, os seguidores de Frigga eram considerados mediadores, ou primitivos advogados que ocupavam uma posição elevada, honrada e respeitada pela comunidade.
Para eles, a lealdade e a família vinham em primeiro lugar, seguido pelos amigos do clã, o Senhor e o Rei. Quebrar um juramento, naquela época levava o indivíduo à morte ou banimento pela sociedade.
O banimento era considerado uma morte lenta e tortuosa, pois o indivíduo era deixado só em uma região totalmente isolada de muito frio e neve, sem nenhum alimento.



Esta Deusa do Amor era também versada na arte da magia e profecias
Foi ela que introduziu as runas como instrumentos de adivinhação.
Runas são pedras grafadas com símbolos, que nos permite encontrar respostas para um futuro incerto.
Mas para a Deusa, esta habilidade de prever o futuro lhe trouxe muita dor quando previu a morte de seu filho Balder.
E, mesmo sabendo que não poderia mudar o destino, viajou por todos os lugares pedindo aos seres que nunca fizessem mal ao seu amado filho.
Balder, entretanto, não poderia ser ferido ou morto, a não ser pelo veneno de um visco.
Então, Loki, que invejava a beleza e juventude de Balder, portador desta confissão, pois aproximou-se em segredo, disfarçado de mulher, encontrou um pouco de visco e fabricou um jogo de dardos com ele.
Foi então até uma reunião dos Deuses e convencer Holdur, um deus cego (irmão de Balder) a arremessá-los contra Balder, que morreu.
Todos os Deuses e Frigga choraram a sua perda. Sua mãe tentou negociar com Hel, a Rainha do Mundo dos Mortos, para trazer seu filho de volta, mas tudo foi em vão.
O tempo passou e tudo começou a estagnar-se. O Lobo Fenris se libertou de seus grilhões e devorou o Sol. A árvore do mundo, Yggdrasil, tremeu das raízes a copa. Montanhas afundaram no mar e todo o país tremeu. Um longo inverno se seguiu, trazendo a fome e a libertação dos gigantes do gelo que devastaram o mundo.
Odin uniu-se às Valquírias e os poderosos Deuses do Aesir para combater Fenris e estabelecer a ordem. Vencendo a batalha, finalmente a terra renasceu do mar, o Sol reapareceu no céu e Baldur ressuscitou dos mortos para governar os novos tempos.
Dois mortais que sobreviveram escondidos nos galhos da árvore do mundo povoaram a Terra e novas colinas ergueram-se dos mares. A natureza tornou-se viva e florescente através das bençãos de Frigga, a Deusa da Fertilidade e do Amor.



Frigga possuía onze ajudantes: Fulla, Hlin, Gna, Vjofn, Lofn, Syn, Gefjon, Snotra, Eira, Vara e Vor, que lhes auxiliavam em sua missão de zelar pelo casamento e pela ordem social.
A mensageira de Frigga é Gna, que monta o cavalo Hofvarpnir através dos céus.
Vjofn tinha a tarefa de apazigüar as brigas domésticas.
Lofn auxiliava os amantes na procura de um amor.
Syn (vidente) era a guardiã do Palácio de Frigga.
Eira era a curadora, tinha conhecimento do poder das ervas e as manipulava no fabrico de remédios.
Vara era a juíza e o carrasco daqueles que não cumpriam com sua palavra.
Snotra era a virtude, encarregada do arquivamento de todas as coisas.
Vor era os olhos de Frigga que podiam ver o futuro e que observava de perto o que acontecia no mundo dos homens.
É interessante acrescentar que Frigga é uma Deusa muito antiga, com fortes conexões com a Terra.
O controle da natureza exercido por Frigga é claramente visualizado quando ela pede para que toda a criação não prejudique seu filho Baldur e quando tudo ganha nova vida com suas bençãos.
Invoque Frigga para: fertilidade, proteção, saúde, sabedoria, a paixão, a magia sexual, liberdade sexual, mágica do nó, durante o parto, para proteger sua casa, encontrar um nome para uma criança que está para nascer e para saber do passado, presente e futuro.
Sexta-feira é o dia mais propício e poderoso para a invocação de Frigga.
Os animais consagrados à esta Deusa são: o ganso, o gato, o porco, o pardal e o cavalo.
Frigga é a expressão mais moderna das Deusas Antigas. Ela está mais perto da humanidade e dos interesses humanos porque é a Deusa da Ordem Social e das Relações Sociais.
É Ela que tece a teia da sociedade e dá forma à humanidade.
O que seria do nosso mundo sem relacionamentos sociais?
Frigga chega em nossas vidas para nos dizer que uma única verdade de nada se aproxima da sabedoria.
Só alcançamos a sabedoria quando nos aproximamos de múltiplas verdades e possamos nos integrar à elas. Uma moeda tem dois lados, já a verdade é multifacetada.
Pegue sua vara de pescar e dirija-se ao mar ou a um rio. Sente-se confortavelmente, coloque a linha na água e quando os peixes começarem a surgir, imagine-os como verdades que devem ser trabalhadas. Peça a Frigga que o(a) oriente na busca das verdades que você necessita para melhorar seus relacionamentos e, boa sorte em sua pescaria!

RITUAL DE FRIGGA PARA PROTEÇÃO

Esse ritual invocará a proteção da Deusa Frigga durante todo o ano.
Para fazê-lo, deve semear em seu jardim ou em um vaso si não possuir um pátio.
As melhores sementes para esse ritual são as de Tanaceto (Tanacetum parthenium), já que essa erva simboliza a proteção e são de fácil cultivo.
No entanto, pode escolher qualquer outra planta.
Cave o solo cuidadosamente, verificando se o solo está livre de ervas daninhas.
Enterre as sementes fazendo a forma de uma runa nórdica que significa proteção.


A forma é de um "Y" maiúsculo, porém com um traço central contínuo, como mostra a figura acima, de maneira que o símbolo três pontas assinalando até o alto.
Enquanto espalha as sementes na terra diga: -

"Deusa Frigga, de igual modo que essas sementes cresceram altas e fortes, proteja-me durante todo o ano". Trate suas ervas cuidadosamente, recortando-as e arrancando qualquer que cresça fora do formato da runa. No final do outono, recolha algumas sementes, para que possa repetir o ritual no próximo ano, porém não é preciso arrancar a planta para voltar a fazer o ritual na primavera.
RITUAL PARA ATRAIR A BOA SORTE



A Deusa Frigga, muitas vezes era representada, como uma mulher alta e elegante, que carregava um molho de chaves em seu cinturão.
Para esse ritual você precisará de uma chave antiga que não tenha fechadura.
Você comprá-la em alguma casa que venda objetos usados ou adquira uma nova em um chaveiro próximo de sua casa.
Escolha, se possível uma de metal brilhante ou de bronze, mas nunca de ferro.
Limpe-a e a deixe o mais reluzente que conseguir.
Para na entrada da sua porta principal, olhando para dentro da casa, coloque a chave em sua mão direita e estendendo-a à frente diga:

-"Deusa Frigga, coloque toda a energia da prosperidade e da boa sorte nessa chave, de maneira que sempre esteja comigo".

Agora caminhe por todas as peças da casa, sustentado a chave em sua mão e em frente a você. Toque todos os seus objetos pessoais com sua chave, como sua cama para ter sorte em seus relacionamentos, o telefone para receber sempre boas notícias de amigos, negócios ou estudos e assim, toque em tudo que signifique algo para você. Quando terminar o ritual, coloque a chave em um gancho sobre a porta principal e a mantenha sempre limpa e brilhante.

Fonte: Texto pesquisado e desenvolvido por Rosane Volpatto

DEUS NÓRDICO THOR:




Thor é um deus de cabelos vermelhos e barba, representando a força da natureza (trovão) na Mitologia nórdica e também na Mitologia germânica, fazendo justamente seu raios com o seu martelo Mjolnir.
Ele é o filho de Odin, o deus supremo de Asgard, e de Jord (Fjorgyn) a deusa de Midgard (a Terra). Durante o Ragnarök, Thor matará e será morto por Jörmungandr.
Ele era grande para um deus, extremamente forte e um comilão (podendo comer uma vaca em uma única refeição).
Thor adorava disputas de poder e era o principal campeão dos deuses contra seus inimigos, os gigantes de gelo.
Os fazendeiros, que apreciavam sua honestidade simplória e repugnância contra o mal, veneravam Thor em vez de Odin, que era mais atraente para os que eram dotados de um espírito de ataque.
A arma de Thor era um martelo de guerra mágico, chamado Mjolnir (que lançava raios de luz) com uma enorme cabeça e um cabo curto e que nunca errava o alvo e sempre retornava às suas mãos.
Ele usava luvas de ferro mágicas para segurar o cabo do martelo branco e o cinturão Megingjard que dobrava sua força.
Sua esposa era Sif, a deusa da colheita, com quem teve a filha Thrud, e de sua união com a giganta Jarnsaxa, teve os filhos Magni e Modi.
Os antigos escritores (Saxo, Adam de Bremen, Aelfric, Snorri) identificaram Thor com o deus Greco-Romano Júpiter porque ambos são filhos da Mãe-Terra, comandante das chuvas, dos raios e trovões, são protetores do mundo e da comunidade cujo símbolo era o carvalho, representando o tronco da família.
Os animais de ambos deuses era o carneiro, o bode e a águia. Thor era sempre apresentado com seu martelo e Júpiter com seu cetro. Thor matou a serpente Jormungand e Júpiter o dragão Tifon.





Thor gostava da companhia de Loki, apesar do talento desse embusteiro para colocar ambos em confusões. As histórias de suas aventuras estão entre as mais ricas da mitologia nórdica.
No panteão nórdico, Thor era o destruidor do mal e o segundo maior expoente dos deuses Aesir.
No Ragnarok, a tarefa de Thor era matar a cruel Jormungand ou Serpente Midgard (uma serpente que envolve a Terra), cria de Loki, mas ele morreu na batalha.
Os anglo-saxões deram o nome de Thor ao quinto dia da semana, Thursday ou seja "Thor's day" (quinta-feira, em inglês).

sexta-feira, 26 de julho de 2013

DEUSES DO OLIMPO:




A mitologia grega possui vários deuses muito conhecidos principalmente pelos jovens que costuman jogar alguns jogos como God of War que retratam bastante a grécia e suas lendas, hoje iremos postar curiosidades sobre alguns desses deuses do Olimpo.

Primeiro para saber sobre esse deuses é preciso saber o que era o Olimpo;
Olimpo é uma montanha situada na Grécia cuja altitude é de 2.919 metros de altura e também a morada de doze deuses que são os deuses do Olimpo.

Os deuses:

Zeus é o rei de todos os deuses, Deus do céu e do trovão, normalmente a figura de Zeus é lembrada como ele em posição imponente com um raio na mão direita, casou-se 3 vezes além de inúmeras amantes conhecidas como “Paixões de Zeus”

Hera era irmã e esposa de Zeus e também considerada deusa dos deuses, rege o casamento e é a deusa da família e do ciúmes, é retrada comumente com um galho de romã nas mãos que simboliza a fertilidade, costumava ser violenta e agressiva, não gostava dos filhos e das amantes de Zeus e tentou matar Hércules.

Poseidon é o deus grego dos mares, irmão mais velho de Zeus e Hades, era sempre retradado com um tridente, os antigos navegantes resavam pedindo a ele que não troucesse ventos fortes e que o mar não ficasse agitado, mas mesmo assim ele costumava fazer ventos fortes e terremotos simplesmente por pura vontade.

Atena é a deusa da guerra e sabedoria principalmente além de outras coisas, era considerada a melhor deusa na guerra podendo vencer inclusive Ares que era o deus da guerra, era simbolizada por uma coruja.

Ares é filho de Zeus e Hera, apesar de ser tratado como deus da guerra ele é oficialmente o deus da guerra selvagem ou matança personificada, era reconhecido pela sua armadura de latão nas guerras.

Deméter ou Ceres como é mais conhecida, filha de Cronos e Réia, é a deusa das plantações, da colheita e das estações do ano, é uma das deusas que teve filhos com mortais, pode ser representada sentada com tochas e uma serpente.

Apolo foi um dos principais deuses da mitologia, era filho de Zeus e irmão de Ártemis, assim como seu pai foi muito venerado naquela época, geralmente nas suas esculturas é representado por um homem jovem e forte, quando não está nu está coberto por um manto.

Ártemis era a deusa da caça, com o tempo se associou a luz e magia, depois perdeu o lugar para Diana, o Templo de Ártemis em Éfeso foi uma das maravilhas do mundo antigo, foi presenteada por Zeus, que era seu pai com um arco e flecha prateados.

Hefesto era filho de Hera e Zeus, era deus do fogo, metais e metalurgia, também foi conhecido como ferreiro divino, ele fez a égide que foi um escudo usado por Zeus na batalha contra os titãs, seu principal rival era Ares, foi expulso do Olimpo por sua mãe Hera que não achava o rosto de Hefesto um dos mais belos.

Afrodite é a deusa da beleza e do amor, nasceu quando Urano foi castrado por seu filho Cronos e seus testículos foram jogador ao mar, normalmente é encontrada despida em suas imagens, teve filhos com Hermes e Ero.

Hermes era filho de Zeus e Maia, era o mensageiro dos deuses e patrono da ginástica, dos ladrões, dos diplomatas, dos comerciantes, da astronomia, da eloquência.

Dionisio era o deus do vinho, da alegria e da intoxicação que funde o bebedor com a deidade, filho de Zeus e Semele, que era uma mortal, por isso ele se torna uma divindade grega atípica.
http://dabunjr.wordpress.com/2010/08/25/deuses-do-olimpo/

terça-feira, 23 de julho de 2013

CELTAS:



A cultura celta se difundiu pela Europa e, na atualidade, é tida como referência no mundo mágico e espiritual.
Em entrevista exclusiva, Ana Elizabeth Cavalcanti da Costa fala sobre a magia e a sabedoria do povo celta.


Os povos celtas estiveram espalhados por quase todo o continente europeu.
Não formaram um império, nem possuíam um governo centralizado.
Não tinham um sistema de escrita e, portanto, a precisão cronológica sobre seu surgimento se baseia em escavações e em muitas pesquisas, datando de 1800 a 1500 a.C., na Europa Central e Ocidental.
Viviam em tribos e, apesar de não possuírem uma etnia homogênea, a língua e a religião representavam o elo entre eles.
Sua cultura é repleta de magia, espiritualidade e culto à natureza.
Acreditavam que as palavras registradas graficamente comprometiam a realidade e a energia dos fatos, podendo criar interpretações incorretas da verdade.


Para os celtas, o mundo estava em constante transformação, noção baseada na experiência de observação e de adoração da natureza; o importante é o presente, o momento, a harmonia e a saúde do corpo e do espírito.
Para falar sobre druidismo, a magia e a espiritualidade dos povos celtas, entrevistamos Ana Elisabeth Cavalcanti da Costa, autora de Sabedoria e Magia dos Celtas – Princípios do Druidismo, seu sétimo livro publicado pela Berkana Editora (dos demais: Runas, O Caminho da Vida; Bruxas de Verdade; Bruxas, Amor e Magia; Conselhos das Bruxas; Oráculo das Bruxas; Tarot Sem Mistério),


Ana Elizabeth se formou em História e Estudos Sociais e há anos vem pesquisando as religiões e a magia dentro dos ciclos da humanidade.
Diz que foi atraída para a cultura celta pelo fato de que quando se fala em magia, principalmente no mundo ocidental, sempre existem referências a esses povos.
Então, teve a idéia de escrever um livro com embasamento histórico e que contivesse as práticas e rituais de magia desse povo.
Fala-se muito a respeito da origem dos celtas, mas quase sempre com algumas contradições.
Qual é, na verdade, a origem do povo celta? De onde eles vieram e onde se estabeleceram?


Os celtas estiveram presentes em praticamente todo o continente europeu, que possui fragmentos de sua cultura.
O seu habitat inicial era o sudoeste da Alemanha, Europa ocidental e central.
Com o domínio da agricultura, tecnologia na cerâmica e no bronze, ao longo de séculos, eles invadiram França, Espanha, Tchecoslováquia, sula da Alemanha, Áustria e Grã-Bretanha.
A sua história se estendeu por cerca de dois mil anos (de 1800 aC até o final do século 1 dC).
A partir de 660 aC, invadiram a Península Ibérica e, até metade do século 2 aC, expandiram para Ucrânia, Grécia, Ásia Menor, Gália e grande parte da Itália.
Quando se fala dos povos celtas, não se fala de um império celta, porque eles viviam em tribos independentes; o poder era dado ao rei, escolhido pelo grupo, e que cuidava do bem-estar da sua comunidade.

Quando uma tribo atingia um número determinado de habitantes, ela se dividia.
Uma parte para outro lugar a fim de organizar uma nova aldeia, seguindo o sinal que era fornecido pelas aves totêmicas, até chegarem às novas terras.
Eles eram organizados política e socialmente em tribos independentes que, ao longo dos anos, foram se espalhando pela Europa.
Não são considerados um povo com etnia homogênea, as possuíam a mesma língua e religião, que servia como um elo entre os membros das diversas tribos, dando-lhes a característica de “celta”.
Qual o papel da magia na sociedade celta?
Como a magia surgiu e se desenvolveu na sociedade celta?


Acredito que tudo foi se desenvolvendo de uma forma espontânea.
Historicamente, foi através da observação da natureza que o homem criou a religião, passou a crer e a confiar em deuses, em energias superiores que pudessem protege-los em situações nas quais se sentia impotente.
O cotidiano celta era repleto de uma magia natural, que acontecia através da forma com que observavam o mundo.
Para os celtas, os mundos físico e espiritual eram um único mundo; não havia separação entre o natural e o sobrenatural.
Eles enalteciam o universo natural, reconheciam seu valor na sua energia.
A sua mitologia e religião estavam centraliza, representando o amor, a morte, a sexualidade e a fertilidade.


O celta percebia que todo homem pertence à grande teia da natureza, e que a vida é uma sucessão de novas experiências e descobertas.
Alguns lugares eram considerados sagrados por possuírem uma energia especial, da mesma forma que algumas épocas do ano (estações) eram festejadas com os famosos sabás.
Pode-se dizer que a magia sempre esteve presente no cotidiano celta e podia ser praticada por qualquer um, apesar da existência dos druidas, sacerdotes organizados num clero.


Alguns autores e pesquisadores se referem à sociedade celta como matriarcal; outros não concordam com esse ponto de vista.
O que você pensa a esse respeito?
Acredito que talvez o melhor termo a ser empregado é a de que a sociedade celta era semipatriarcal.
Você pode achar estranho o termo, mas não é.
Perceba que o povo era dividido em tribos que tinham o seu rei, o seu druida, e que esse povo tinha suas crenças religiosas ligadas à natureza, à Mãe Terra.
Para o celta, a mulher era especial, e muito, porque era associada à Mãe Terra.


As mulheres eram vistas como aspectos vivos da criação, porque vivenciavam todos os meses com o ciclo menstrual, o processo da vida, morte e renascimento, além do poder de gerar vidas.
Vou dar um exemplo: Dergflaith era um dos nomes célticos dado à menstruação, e significava “soberania vermelha”.
O vermelho representava soberania, poder, vida. Pense então nos mantos vermelhos dos reis.
A menstruação tinha conotação de sagrado, porque acreditavam que a mulher se tornava ancorada e enraizada nesse período.
Nos períodos de menstruação, as mulheres se isolavam numa cabana ou se dirigiam à floresta, compartilhavam sobre os problemas da tribo.


Outro ponto que pode ilustrar o poder feminino se refere ao ritual religioso e mágico hieròs-gámos (casamento sagrado), no qual uma mulher que tinha o poder mágico representava a Deusa e concedia aos reis e heróis grandes poderes.
Dentro da sociedade celta, a mulher dominava a religião.
Podia ser uma guerreira e podia escolher o seu parceiro.
Quando ela se casava, trazia para o casamento seus bens, e se eles fossem superiores aos do marido, ela se tornava chefe do casal. Há ainda uma coisa importante para se dizer com relação a concepção de união eterna e fidelidade, nem de traição.
No casamento, previlegiava-se o amor, ao mesmo tempo em que o casamento era visto como um contrato que poderia ser rompido, pois existia o divórcio.
São concepções interessantes para uma época tão distante porque, na verdade, a mulher celta era tudo o que a mulher de hoje “briga” muito por ser.


Como os celtas se relacionam com os elementos da natureza? É uma religião xamânica?
A primeira grande lição que os celtas nos dão é a da observação e do respeito pela natureza.
Levavam sempre em consideração a Roda do Ano (estações), os elementos da natureza, os pontos cardeais, o Sol, a Lua, e valorizavam a energia de tudo o que os rodeava.
Eles reconheciam a energia dos elementos da natureza.
A terra, o ar, o fogo, e a água são representações e formas diferentes de energia, e a partir desses elementos todas as coisas são formadas.
É o que chamamos de energia elemental, seres do mundo espiritual cuja tarefa é dirigir o poder divino para as formas da natureza.


As pedras, por exemplo, eram consideradas como as energias espirituais mais antigas da Terra, e guardavam ensinamentos profundos, que eram revelados quando eram reverenciadas.
Toda a Bretanha, Irlanda e Grã-Bretanha possuem pedras verticais espalhadas por diversas regiões, com tamanhos diversos.
Os celtas se relacionavam com os elementos e com os seres elementais em seu cotidiano e em rituais de magia.
A própria mitologia celta nos dá provas disso quando relata histórias nas quais os heróis se perdem no Outro Mundo, repleto de seres elementais.


A religião celta possui algumas características xamãnicas, pois estava sempre em contato com a natureza e os seus espíritos.
Para eles, por exemplo, os animais possuem dons especiais para a cura e sempre nos dão grandes lições de vida.
Animais totêmicos representavam a tribo e serviam como proteção.
O ogham, alfabeto celta utilizado pelos druidas, é conhecido como alfabeto da árvore, no qual cada letra representa uma árvore com energia e características específicas.
Os druidas, como os xamãs, recebiam revelações por sua interação com o Outro Mundo, praticavam a adivinhação e faziam o uso do tambor, da dança e do cogumelo amanita buscaria em seus rituais.


Qual a relação entre o druidismo e a religião celta em geral com a Wicca, se é que ela existe?
Existe uma forte relação.
Podemos dizer que as raízes da Wicca estão na antiga religião celta e, por conseqüência, no druidismo.
Sua essência básica é centrada na Grande Mãe, a figura do Divino Feminino, mas a tradição Wicca possui uma grande carga de elementos que não faziam parte da religião celta.
Esses elementos vêm da Magia Ritual, Cabala, tradições da maçonaria e até mesmo da Golden Dawn.
Existem boatos de que Crowley, famoso ocultista do século 20, teria “encomendado” ao seu amigo Gardner a criação da Wicca para popularizar a religião Thelêmica, e sabemos que foi através das obras de Gardner que o paganismo foi ressuscitado.


O pentagrama, por exemplo, surge como símbolo de paganismo moderno, e não é um símbolo de origem celta.
Ele era usado na Mesopotâmia por volta de 3.500 a.C. e, através da cultura judaica da cabala, acabou fazendo parte dos rituais da tradição Wicca.
Outro exemplo que posso citar é o uso do athame ou punhal nos rituais wiccanos, como canalizadores de energia, fato desconhecido na religião celta.
Para o celta, a religião e a magia eram algo muito natural, fazia parte do seu cotidiano.
A Wicca, embora tenha raízes celtas, é muito ritualística, especialmente hoje em dia.
Em muitos segmentos wiccanos, percebe-se atualmente, como em outras religiões, um apego muito grande aos rituais e até mesmo um certo grau de fanatismo, e isso não é saudável em nenhuma crença.
O ideal é fazer dos ensinamentos uma base para se ter uma vida saudável e feliz.


Como esses conhecimentos antigos da espiritualidade dos celtas se relacionam com a sociedade atual?
Em que e de que forma eles podem nos ajudar?
Em todos os conceitos celtas encontramos grande lições que podem nos auxiliar a viver melhor.
Um de seus mais sábios conceitos é o de que o tempo está e estará a nosso favor, no oferecendo oportunidades que, muitas vezes, devem ser compreendidas em alguns segundos, mas que podem transformar qualquer coisa.


A filosofia de vida celta era muito simples: observar as grandes lições da Mãe Natureza, o que é uma grande dificuldade para o homem moderno. Para eles, a vida era um eterno movimento cíclico de transformação permanente: nascemos, crescemos, morremos e renascemos.
Há o momento certo para cada coisa: arar a terra, semear, colher.
As estações do ano são a prova da Natureza de que sempre, após um inverno rigoroso, há a chegada da primavera.
Eles nos mostram que é preciso aprender a perder para ganhar depois.


Cada problema ou situação difícil, cada “doença” contém uma bênção para a cura e liberdade.
Os celtas acreditavam que podemos, com responsabilidade e respeito, acionar os planos superiores, o Outro Mundo.
Para, eles, o Outro Mundo, com sua graça de mistérios, está em nosso interior.
Toda pessoa possui dentro de si uma chama, uma fogueira tranqüila, uma alma.
É preciso perceber a sua alma, realizar uma ligação com a sua chama interior, mostrando que é preciso estar sempre ligado à sua própria essência.


Outra coisa muito bonita e importante nos ensinamentos celtas é o valor que eles davam à amizade, coisa rara nas sociedades modernas em que as pessoas sempre se esquivam das outras, por medo de serem “sugadas”.
Para esse povo, uma amizade ultrapassava qualquer fronteira, qualquer plano.
Existe a expressão gaélica que retrata muito o valor que davam à amizade, anam cara (amigo da alma), que O’Donohue retratou de uma forma encantadora em sua obra.
O conceito de amizade deu aos celtas a idéia de companherismo, solidariedade, fidelidade, amizade profunda e especial.
Além de seus conceitos sobre a vida, o universo mágico celta pode nos auxiliar a adquirir mais equilíbrio, tranqüilidade, vigor, prosperidade, coragem, amor em nosso dia-a-dia, através de suas antigas práticas de magia com elementos da natureza.
A natureza está aí: é só acionar a sua energia.


O caminho da espiritualidade ou religiosidade celta pode ser seguido, hoje em dia, individualmente, ou ele necessita um mestre, um facilitador?
A espiritualidade e sua religiosidade podem ser seguidos por qualquer um. Existe muita gente com “espírito celta”, e nem sabe disso. São aquelas pessoas que respeitam a natureza, compreendem os processos e ciclos da vida e possuem amigos.
Eu acredito que aquele que se interessar por sua religião, rituais e práticas de magia podem faze-lo sem medo, porque estará fazendo algo com boas intenções.
O interessante é tentar fazer da magia algo natural em sua vida, da mesma forma que os celtas a viviam.
Concordo com Scott Cunnigham, que afirmou que as práticas de magia podem ser vivenciadas de forma solitária e individual.


Hoje, existem muitas formas de se obter informações sobre as práticas de rituais de diversas tradições.
Cada um deve saber escolher o seu caminho.
Alguns podem trilha-lo solitariamente, outros podem ter um mestre ou um facilitador. Entretanto, acho importante dizer que mesmo que você queira ter um mestre, é preciso procurar pelo conhecimento também em outras fontes.
Eu recebo muita correspondência de gente jovem me fazendo sempre muitas perguntas sobre magia e rituais.
Eu aconselho àqueles que tem curiosidade e gostam do tema, que procurem ler e se informar muito antes de participar de qualquer grupo.


Notas: Extraído da revista Sexto Sentido

OS ESSÊNIOS:



Os Essênios

Eram originários do Egito, e durante a dominação do Império Selêucida, em 170 a.C., formaram um pequeno grupo de judeus, que abandonou as cidades e rumou para o deserto, passando a viver às margens do Mar Morto, e cujas colônias estendiam-se até o vale do Nilo. No meio da corrupção que imperava, os essênios conservavam a tradição dos profetas e o segredo da Pura Doutrina. De costumes irrepreensíveis, moralidade exemplar, pacíficos e de boa fé, dedicavam-se ao estudo espiritualista, à contemplação e à caridade, longe do materialismo avassalador. Segundo alguns estudiosos, foi nesse meio onde passou Jesus, no período que corresponde entre seus 13 e 30 anos(veja link Jesus). Os essênios suportavam com admirável estoicismo os maiores sacrifícios para não violar o menor preceito religioso. Procuravam servir à Deus, auxiliando o próximo, sem imolações no altar e sem cultuar imagens. Eram livres, trabalhavam em comunidade, vivendo do que produziam. Em seu meio não havia escravos. Tornaram-se famosos pelo conhecimento e uso das ervas, entregando-se abertamente ao exercício da medicina ocultista. Em seus ensinos, seguindo o método das Escolas Iniciáticas, submetiam os discípulos à rituais de Iniciação, conforme adquiriam conhecimentos e passavam para graus mais avançados. Mostravam então, tanto na teoria quanto na prática, as Leis Superiores do Universo e da Vida, tristemente esquecidas na ocasião. Alguns dizem que eles preparavam a vinda do Messias. Eram uma seita aberta aos necessitados e desamparados, mantendo inúmeras atividades onde a acolhida, o tratamento de doentes e a instrução dos jovens eram a face externa de seus objetivos. Muitos estudiosos acreditam que a Igrja Católica procura manter silêncio acerca dos essênios, tentando ocultar que recebeu desta seita muitas influências. Não há nenhum documento que comprove a estada essênia de Jesus, no entanto seus atos são típicos de quem foi iniciado nesta seita. A missão dos seguidores do Mestre Verdadeiro foi a de difundir a vinda de um Messias e nisto contribuíram para a chegada de Jesus. Na verdade, os essênios não aguardavam um só Messias, e sim, dois. Um originário da Casa de Davi, viria para legislar e devolver aos judeus a pátria e estabelecer a justiça. Esse Messias-Rei restituiria ao povo de Israel a sua soberania e dignidade, instaurando um novo período de paz social e prosperidade. Jesus foi recebido por muitos como a encarnação deste Messias de sangue real. No alto da cruz onde padeceu, lia-se a inscrição: Jesus Nazareno Rei dos Judeus. O outro Messias esperado nasceria deum descendente da Casa de Levi. Este Salvador seguiria a tradição da linhagem sacerdotal dos grandes mártires. Sua morte representaria a redenção do povo e todo o sofrimento e humilhação por que teria que passar em vida seria previamente traçado por Deus. O Messias-Sacerdote se mostraria resignado com seu destino, dando a vida em sacrifício. Faria purgar os pecados de todos e a conduta de seus atos seria o exemplo da fé que leva os homens à Deus. Para muitos, a figura do pregador João Batista se encaixa no perfil do segundo Messias. Até os nossos dias, uma seita do sul do Irã, os mandeanos, sustenta ser João Batista o verdadeiro Messias. Vivendo em comunidades distantes, os essênios sempre procuravam encontrar na solidão do deserto o lugar ideal para desenvolverem a espiritualidade e estabelecer a vida comunitária, onde a partilha dos bens era a regra. Rompendo com o conceito da propriedade individual, acreditavam ser possível implantar no reino da Terra a verdadeira igualdade e fraternidade entre os homens. Consideravam a escravidão um ultraje à missão do homem dada por Deus. Todos os membros da seita trabalhavam para si e nas tarefas comuns, sempre desempenhando atividades profissionais que não envolvessem a destruição ou violência. Não era possível encontrar entre eles açougueiros ou fabricantes de armas, mas sim grande quantidade de mestres, escribas, instrutores, que através do ensino passavam de forma sutil os pensamentos da seita aos leigos. O silêncio era prezado por eles. Sabiam guardá-lo, evitando discussões em público e assuntos sobre religião. A voz, para um essênio, possuia grande poder e não devia ser desperdiçada. Através dela, com diferentes entonações, eram capazes de curar um doente. Cultivavam hábitos saudáveis, zelando pela alimentação, físico e higiene pessoal. A capacidade de predizer o futuro e a leitura do destino através da linguagem dos astros tornaram os essênios figuras magnéticas, conhecidas por suas vestes brancas. Eram excelentes médicos também. Nos escritos dos rosacruzes, são considerados como uma ramificação da Grande Fraternidade Branca, fundada no Egito no tempo do faráo Akenaton. Em cada parte do mundo onde se estabeleceram, eles receberam nomes diferentes, às vezes por necessidades de se proteger contra as perseguições ou para manter afastados os difamadores. Mestres em saber adaptar seus pensamentos às religiões dos países onde se situavam, agiram misturando muitos aspectos de sua doutrina a outras crenças. O saber mais profundo dos essênios era velado à maioria das pessoas. É sabido também que liam textos e estudavam outras doutrinas. Para ser um essênio, o pretendente era preparado desde a infância na vida comunitária de suas aldeias isoladas. Já adulto, o adepto, após cumprir várias etapas de aprendizado, recebia uma missão definida que ele deveria cumprir até o fim da vida. Vestidos com roupas brancas, ficaram conhecidos em sua época como aqueles que "são do caminho". Foram fundadores dos abrigos denominados "beth-saida", que tinham como tarefa cuidar de doentes e desabrigados em épocas de epidemia e fome. Os beth-saida anteciparam em séculos os hospitais, instituição que tem seu nome derivado de hospitaleiros, denominação de um ramo essênio voltado para a prestação de socorro às pessoas doentes. Fizeram obras maravilhosas, que refletem até os nossos dias. A noticái que se tem é de que a seita se perdeu, no tempo e memória das pessoas. Não sabemos da existência de essênios nos dias de hoje(não que seja impossível), é no mínimo, pelo lado social, é uma pena termos perdido tanto dos seus preceitos mais importantes. Seo que nos restou já significa tanto, imaginem o que mais poderíamos vir a ter aprendido








Características do povo Essênio. Os essênios conservavam a tradição dos profetas e o segredo da Pura Doutrina. De

costumes irrepreensíveis, moralidade exemplar, pacíficos e de boa fé, dedicavam-se ao

estudo espiritualista, à contemplação e à caridade, ao contrário do materialismo presente

na época. Era um povo muito além de seu tempo e procuravam servir a Deus, auxiliando o

próximo, sem imolações no altar e sem cultuar imagens. Eram livres, trabalhavam em

comunidade, vivendo do que produziam. Em seu meio não havia escravos.

Vivendo em comunidades distantes, os essênios sempre procuravam encontrar na solidão

do deserto o lugar ideal para desenvolverem a espiritualidade e estabelecer a vida

comunitária, onde a partilha dos bens era a regra (um essênio não podia esconder uma posse). Rompendo com o conceito da propriedade individual, acreditavam ser possível

implantar na Terra a verdadeira igualdade e fraternidade entre os homens. Todos os

membros da seita trabalhavam para si e nas tarefas comuns, sempre desempenhando

atividades profissionais que não envolvessem a destruição ou violência. Não era possível

encontrar entre eles açougueiros ou fabricantes de armas, mas sim grande quantidade de

mestres, escribas, instrutores, que através do ensino passavam de forma sutil os

pensamentos da seita aos leigos.

Cultivavam hábitos saudáveis, zelando pela alimentação, físico e higiene pessoal.

Os membros da seita vestiam-se de branco, seguiam uma dieta vegetariana e ficaram

conhecidos em sua época como aqueles que "são do caminho". Cultivavam o silêncio e

possuíam rígidas regras como, por exemplo, à mesa na hora de se alimentarem.

O Legado Essênio. Muitas informações sobre os essênios são desconhecidas ou baseadas em hipóteses,

porém, o relato de autores antigos sobre os essênios é fundamental para compreendermos

um pouco das características e do legado desse povo.

Flávio Josefo, historiador judeu (37 d.C. – 100 d.C.), autor de: A Guerra Judaica e As antiguidades Judaicas. Aos 16 anos, Josefo recebeu alguns ensinamentos de um mestre essênio com que viveu durante três anos.

Flávio nos diz, a respeito dos essênios: "Existem, com efeito, entre os judeus, três escolas filosóficas: os adeptos da primeira são os fariseus; os da segunda, os saduceus; os da

terceira, que apreciam justamente praticar uma vida venerável, são denominados essênios:

são judeus pela raça, mas, além disso, estão unidos entre si por uma afeição mútua maior que a dos outros"



O Romano, Plínio, o Velho, nos oferece precioso dado para a localização dos essênios: "Na parte ocidental do mar Morto os essênios se afastam das margens por toda a extensão

em que estas são perigosas. Trata-se de um povo único em seu gênero e admirável no

mundo inteiro, mais que qualquer outro: sem nenhuma mulher e tendo renunciado

inteiramente ao amor; sem dinheiro e tendo por única companhia as palmeiras. Dia após

dia esse povo renasce em igual número, graças à grande quantidade dos que chegam;

com efeito, afluem aqui em grande número aqueles que a vida leva, cansados das

oscilações da sorte, a adotar seus costumes (...) Abaixo desses ficava a cidade de

Engaddi, cuja importância só era inferior à de Jericó por sua fertilidade e seus palmeirais,

mas que se tornou hoje um montão de ruínas. Depois vem a fortaleza de Massada, situada

num rochedo, não muito distante do mar Morto"

O que realmente mais impressiona àqueles que estudam os essênios, são as ruínas de

Qumram e os Manuscritos do Mar Morto, pois são achados dos próprios encontrados no meio do deserto.

No fim de 1946 (novembro ou dezembro) os ta'amireh estão pastoreando seus rebanhos

em Ain Feshka, oásis próximo ao Mar Morto. Três pastores, Khalil Musa, Juma Mahoma

Khalil e Mahoma Ahmed el-Hamed, cognominado ed-Dib (o lobo), descobrem em uma das

grutas da região uns jarros de argila e em um deles três rolos escritos em hebraico antigo,

o que dificulta a identificação.

Esta gruta está situada nos rochedos de uma falésia a cerca de 1300 metros ao norte de algumas ruínas que os árabes conhecem pelo nome de Khirbet Qumran. "Khirbet" significa "ruína" e "Qumran" deriva do nome do Wadi Qumran ali existente.

A região escolhida para a construção desse monastério é a de menor altitude no planeta (400 metros abaixo do nível do mar)

Estas ruínas estão a 12 km ao sul da atual Jericó e a 1 km da margem noroeste do Mar Morto. Os arqueólogos sempre acharam que fossem ruínas de uma fortaleza romana. Assim, com a descoberta, os arqueólogos relacionam o grupo que vivia nessas ruínas com

os possíveis responsáveis pelos manuscritos encontrados. E ao redor, outras grutas são encontradas contendo outros fragmentos cuidadosamente embalados em jarros, o que leva

a crer que aqueles documentos não estariam ali por acaso.

Os essênios esconderam seus manuscritos em potes de cerâmicas e os enterraram em cavernas um pouco antes de um ataque romano destruir o monastério de Qumran. Começa então uma mudança radical nas hipóteses dos cientistas.

Em Khirbet Qumran os arqueólogos identificam um conjunto de construções bastante

interessante: oficinas, olaria, despensas, refeitório, cisternas, um "scriptorium" etc. Nenhum

fragmento de manuscrito é encontrado nas construções, mas apenas algumas óstracas

(cacos de cerâmica com escrita). E a sua grafia é a mesma dos manuscritos encontrados

nas grutas. Também são recolhidas cerâmicas, moedas e outros objetos.

Apesar da falta de água no deserto, os essênios se banhavam duas vezes ao dia, sempre antes das

refeições (assim acreditavam que purificavam o corpo e a alma). A água necessária era

cuidadosamente armazenada nas cisternas a partir da chuva (área em vermelho na figura à esquerda).

Os manuscritos eram redigidos nos escritórios

O curioso é que o edifício não possui dormitórios. Ou se dormia em tendas ou nas grutas das redondezas.

No total, são recuperados, em 11 grutas de Qumran, 11 manuscritos mais ou menos

completos e milhares de fragmentos de mais de 800 manuscritos em pergaminho e papiro.

Escritos em hebraico, aramaico e grego, cerca de 225 manuscritos são cópias de livros

bíblicos, sendo o restante livros apócrifos.

Os manuscritos estão sendo traduzidos até hoje e muito já foi descoberto.




Jesus Cristo teria sido um essênio? Há dezenas de dúvidas sobre os essênios, mas a hipótese de que Jesus Cristo teria tido

contato com eles é uma das mais intrigantes.

Não há relatos sobre onde esteve nem o que Jesus fez entre seus 13 e 30 anos. Assim, a hipótese que os estudiosos adotam é a de que Jesus, durante esse tempo, esteve com os

essênios e teve sua “clarividência” despertada junto a esse povo.

Outro fato intrigante, é que, sendo os essênios uma das três mais importantes seitas da

Palestina naquela época, por que o evangelho não fala deles?

Teria sido o evangelho “censurado”?

A verdade ainda é desconhecida. Mas, de acordo com os manuscritos do mar Morto, eis alguns costumes dos essênios:

- Batismo

- Santa Ceia

- Caridade

- Andavam em grupos de doze

- Jejum

- Curandeirismo




Os Essênios viviam em comunidades agrícolas, afastadas das aldeias e cidades. Seu estilo de vida era simples; utilizavam a terra e os bens em conjunto. O indivíduo tinha direito a uma casa simples e a objetos adequados ao uso diário. A riqueza, tanto como a pobreza, era rejeitada como algo anormal. Os Essênios acreditavam que todas as necessidades humanas, como alimentação, moradia, vestuário, etc., podiam ser satisfeitas no contato com a Natureza - sem lutas nem guerras.

Os Essênios viviam em harmonia com a Natureza e com as leis naturais. Eles vizualizavam seu trabalho com as plantas e as árvores como a chave de todo o Universo. O trabalho era a conexão com a natureza, o sol, a terra e a chuva. Pelo fato de trabalharem a favor da natureza e não contra ela, podiam assegurar suas necessidades vitais com poucas horas de trabalho. Sabiam muito a respeito do clima, das estações do ano, dos fenômenos metereológicos, conheciam as estrelas e sua influência sobre as plantas, os animais e os homens. Mantinham-se conscientemente afastados das cidades para poderem viver mais próximos à natureza. Além disso, acreditava que as degenerações, doenças e os transtornos mentais manifestavam-se primordialmente naqueles que haviam perdido contato com aquela.




Além disso, os essênios eram vegetarianos: os cereais constituíam sua alimentação básica. Eram mestres na arte de tornar fértil a terra pobre, a transformavam desertos em bosques. Acordavam antes do raiar do dia, e sua primeira oração era dedicada ao sol; por isso eram às vezes chamados de "adoradores do sol". Após a oração, banhavam-se com água fria e tomavam a primeira refeição em silêncio. Trabalhavam até a tarde, e o anoitecer era dedicado à meditação e ao estudo dos ensinamentos.



Eram capazes de evitar a maior parte das doenças devido ao seu conhecimento das plantas e das ervas medicinais, grande parte de seus ensinamentos referia-se à cura natural e espiritual. Segundo algumas fontes "essênio" significa "aquele que cura". Era de conhecimento geral na época que os essênios possuíam poderes especiais de cura, e pelo menos um deles é expressamente citado na Bíblia: João Batista. Os alimentos dos essênios eram frescos , colhidos em suas próprias hortas e pomares, e muitos eram ingeridos crus. Até os cereais eram frequentemente preparados de modo a produzir uma espécie de pão que não era submetida a cozimento. Os grãos eram amolecidos, triturados, moldados em forma de bolos e secos sobre pedras ao sol. Esses bolinhos eram de fácil digestão e continham ainda todos os nutrientes naturais dos grãos integrais crus. Hoje sabemos que muitas doenças degenerativas são causadas pela ingestão de poucos alimentos crus.

Os essênios eram da opinião que a ingestão da carne de animais assassinados tornam as pessoas sem sentimento, nervosas, impacientes e propensas a doenças. Desconheciam o açúcar. Suas refeições eram simples e constavam habitualmente de dois ou três componentes. A maior parte das refeições era ingerida devagar e em silêncio, e eles jejuavam uma vez por semana.

O pão essênio é um alimento funcional completo, rico em fibras, que melhora a função intestinal, fa

Trata-se de um milagre em termos de nutrientes e energia vital , é produzido com trigo germinado, mas ao invés de ser assado ao forno, é desidratado como se fosse uma passa de fruta. Nesse processo de desidratação o pão essênio torna-se crocante, seco, gostoso e altamente nutritivo. Pelo fato de ser exposto apenas a um calor inferior a 43oC, as enzimas naturais do trigo não se destroem e você ingere um pão de trigo com a maioria das vantagens do trigo vivo. Nesse sentido o pão essênio pode ser chamado de “o legítimo pão da vida” que associado com o “sangue vegetal”, a clorofila, justifica a expressão “milagre” acima.

Os Essênios são como santos que habitam em muitas aldeias e vilas da Palestina. Não se unem por clã familiar ou por raça, mas sim por meio de associações voluntárias formadas com o intuito de melhor praticar a virtude e o amor entre as criaturas.

Nas suas casas jamais se houve grito ou tumulto. Cada um quando fala cede a palavra ao outro. Este silêncio causa grande impressão no visitante.Ninguém interrompe sem ser autorizado.





Sabem moderar a cólera e conservar o equilíbrio. Cumprem a palavra e sustentam a paz. O que dizem vale mais do que um juramento. Aliás, consideram o juramento um sacrilégio, porque só precisa jurar quem é mentiroso.

Os que entram para a comunidade se comprometem a não prejudicar ninguém, a ser fiel com todos, especialmente com os que têm poder, uma vez que ninguém ocupa cargos sem que seja pela vontade de Deus.

Muitos podem prever o futuro e é raro que se enganem nas previsões.

Muitos não se casam, porque acreditam que o matrimônio é um impedimento à vida simples.

Os relatos a respeito deles informam que não se encontram na comunidade fabricantes de armas. Cuidam dos órfãos, como filhos, e dos velhos, como pais. Amam o semelhante sem a preocupação da parentela. Não têm posses; seus bens são postos em comum e deles cada um retira o necessário. A ninguém falta a comida, a roupa, a moradia ou o remédio.

Instruem-se. Nos fins de semana um lê e explica aos demais. Qualquer um pode explicar, independentemente de cultura. Mas exigem que aquele que ensina igualmente viva o que prega. Se assim não for, qualquer outro menos instruído poderá tomar-lhe o lugar.

Consideram grande abundância ter-se poucos desejos e fáceis de ser realizados. Não acumulam terras, nem ouro, nem bens de qualquer natureza. Entre eles não há escravos. A escravidão destrói a igualdade e afronta contra a natureza que, como boa mãe, faz dos homens irmãos.

Se nos afastarmos da ganância, na maioria das vezes por coisas desnecessárias, escreveremos capítulos menos tristes na novela de nossas vidas.



OS MANUSCRITOS DO MAR MORTO E O CRISTIANISMO





Desde que os primeiros manuscritos do mar morto foram entregues ao escrutínio dos pesquisadores, o problema de sua relação com o cristianismo primitivo

tornou-se um ponto chave.

As primeiras teorias sobre qumran produziram algumas teorias espetaculares a respeito da relação entre jesuss, os priimeiros critãos e a comunidade de qumran.

Em 1950 o estudioso frances André Dupont-Sommer argumentava que o MESTRE DA JUSTIÇA - o fundador e primeiro chefe do grupo de qumran, segundo seus manuscritos - teve uma trajetória que antecipou e se comparou à de JESUS.



As especulações de Dupont-Sommer tiveram forte influencia sobre Edmund Wilson, o critico literario que escreveu o famoso artigo na new-yorker, depois transformado em livro, " os manuscritos do mar morto ", que despertou grande interesse popular e muitas controvérsias sobre os manuscritos.



Wilson argumentava que a relação do grupo de qumran com jesus e os primeiros critãos poderia ser encarada como " a sucessão das fases de um movimento".



Segundo Wilson, os estudiosos judeus e cristãos relutaram em admitir as implicações dos manuscritos por acausa de suas predisposições religiosas. Os judeus preocuparam-se com que a autoridade do texto massorético ( o texto tradicional da biblia hebraica) não fosse abalado, e não gostariam de saber que o cristianismo fosse considerado o desenvolvimento natural de uma forma particular de judaismo.



O cristianismo também deveria se sentir ameaçado pelo teor dos manuscritos, estava em jogo a condição de jesus como ser unico e incomparavel.



Ao mesmo tempo, outros estudiosos se entregavam ao trabalho paciente de estabelecer exatamente onde estavam os pontos de contato e de divergência.



Sob o título " os manuscristos e o novo testamento, KRISTER STENDAHL, reuniu 13 estudos detalhados sobre a seita, elaborador por 11 especialistas,



examinando as principais semelhanças entre a seita de qumran e o cristianismo primitivo.



A conclusão de Stendahl com este estudo profundo de múltiplos pesquisadores é :



"- Pode-se afirmar que os manuscritos contirbuem para o entendimento dos antecedentes do cristianismo, mas essa contribuição é tanta, que chegamos a um ponto onde o significado das semelhanças definitivamente resgata o cristianismo de falsas pretensões de originalidade no sentido popular e nos remete a uma nova compreensão de sua verdadeira base, na pessoa e nos eventos da vida do seu messias ".



Um dos livros sobre Qumran de maior repercussão foi o de Frank M. Cross - a antiga biblioteca de qumran e os modernos estudos biblicos - :



Pela primeira vez podemos agora investigar seriamente como as intituiçõe e os padrões tipicos da vida comunal dos primórdios da igreja se fundamentam num ambiente apocaliptico anterior.



A literatura essênia ( de qumran) nos capacita adescobrir o real ambiente judaico, no qual existia uma compreenssão apocaliptica da história como parte integrante da vida comunal. Como a igreja primitiva, a comunidade essenia se distinguia das associações farisaicas e de outros movimentos dentro do judaismo precisamente por sua consciena --de já ser a congregação convocada e escolhida do final dos tempos-- . Ao contrário da tendencia de teologos do novo testamento de presumir que a -existencia escatológica- da igreja primitiva ( isto é, sua vida comunal, vivida em antecipação ao reino de deus, juntamente com as formas moldadas por essa vida) era um fenomeno exclusivamente cristão, devemos afirmar agora que foram descobertos nas comunidade essenias antecendetes de formas e conceitos cristãos.



Tem-se 3 paralelos nesta área :



- na linguagem teológica ( especialmente JOÃO)



- nos motivos escatológicos ( em particular no modo como as escrituras foram interpretadas com relação ao seu tempo, mas também no entendimento que tinha de si mesmos como o povo da nova aliança e sua perspectiva messianica)



- em sua ordem e instituições liturgicas ( batismo, refeiçoes rituais, propriedade comum de bens, liderandça)



Em cada caso os membros de qumran e os primeiros cristãos tinham em comum pontos de vista essenciais.



Em 1966, um estudioso alemão, Herbert Braun, publicou uma obra em 2 volumes contendo um tratamento encadeado de todas as passagens do novo testamento, de mateus até o apocalpse, para as quasis existe um paralelo plausivel na literatura de qumran.



326 paginas em letras miúdas, e naturalmente estes paralelos variam em qualidade e importancia, mas , quaisquer que sejam os limites, apenas seu volume certamente ja impressiona.



Em suma, a medida que amadurecia a pesquisa sobre Qumran, foi sendo amplamente reconhecido que, embora existissem diferenças importantes entre a literatura de qumran e a primitiva comunidade cristã, elas também apresentavam semelhanças marcantes no vocabulário teológico, em alguns importantes preceitos doutrinarios e em varias praticas organizacionais e rituais.



Robert Eisenman da universidade da califórnia, sugeriu um movimento zadoqueu, do qual a comunidade de qumran faria parte, que supostamente teria existido por séculos, abrangendo Esdras, Judas Macabeu, João Batista, Jesus e seu irmão Thiago, só no século I d.c. é que esse movimento se teria tornado um grupo independente e escrito os documentos da seita de qumran.



Barbara Thiering da universidade de sydney, identificou joão batista como o mestre da justiça, e jesus como o sacerdote impio dos textos de qumran.



Teicher de Cambridge, sustenta por sua vez que o apóstlo Paulo é o sacerdote ímpio.



Poucos ou nenhum dos estudiosos se convenceram ocom os argumentos aventados por Eisenman, Thiering ou }Teicher.



Então vamos examinar de perto e avaliar em bases mais precisas e realistas algumas das semelhanças significativas entre o NOVO TESTAMENTO e a LITERATURA DE QUMRAN.

uma consideração importante:



--Devemos reconhecer o valor proporcionado pela literatura encontrada nos manuscritos de qumran, em comparação a escassez de qualquer outra literatura hebraica ou aramaica contemporanea dos primordios do cristianismo.



os livros da biblia hebraica são , quase todos , consideravelmente mais antigos.



o vasto corpo de textos rabínicos foi escrito séculos depois.



Antes das descobertas de qumran, a maior parte do material comparativo do século I par o estudo do cristianismo primitivo vinha de fontes GREGAS e LATINAS.



a subita possibilidade de acesso a uma biblioteca inteira de textos HEBRAICOS e ARAMAICOS, datando da mesma época dos acontecimentos do novo testamento, naturalmente é de valor inestimável para os estudiosos.



Um dos exemplos mais patentes do esclarecimento que os textos de qumran podem trazer para a literatura do novo testamento está nas formulas linguisticas e verbais.



O novo testamento foi escrito em GREGO, jesus porém falava ARAMAICO, e todos os seus primeiroos disciuplos foram JUDEUS da galileia ou da judéia, que falavam alguma lingua semita.



Os textos de qumran nos proporcionam pela primeira vez o ORIGINAL HEBRAICO ( e ocasionalmente aramaico) de uma série de PALAVRAS e FRASES do NOVO testamento.



Exemplo: a expressão grega TON PLEIONOM , normalmente traduzida por MUITOS, que no novo testamento se tornou a designação para gurpos inteiros de seguidores de jesus, através da comparação com textos de qumran, como o MANUAL DA DISCIPLINA, descobre-se a expressão original HRBYM , que tem um sentido mais acertado como CONGREGAÇÃO.



A palavra grega EPISKOPOS ( bispo/supervisor) também tem a expressão original revelada na palavra HMBQR, palavra que dá origem a GUARDIÃO em uma passagem, mas a SUPERVISOR em outra passagem.



Com a ajuda dos manuscritos de quamram podemos chegar aos originais hebraixos ou aramaicos de várias outras expressões do novo testamento, não apenas nos evangelhos, mas também nas obras de paulo.



- a justiça de deus = DIKAIOSYNE THEOU = SIDCAT'EL



-trabalhos da lei = ERGA NOMOU = MAASÉ TORÁ



-igreja de deus = HE EKKLESIA TOU THEOU = GEHAL'EL



filhos da luz = HULOI PHOTOS = BENE'OR





Será possivel que um fragmento de algum evangelho do NOVO testamento tenha sido encontrado em Qumran?

A comunidade foi destruida pelos romanos em 68 d.c. e muitos acreditam que , por essa época, o primeiro dos evangelhos canonicaos, o de Marcos, já teria sido composto.



Portanto não seria de todo impossível que um texto do evangelho aparecesse em qumran.



Na verdade um estudioso desse ter identificado em vários fragmentos da caverna 7 de qumran, onde se encontraram trechos em grego, não apenas partes do textod de marcos, mas também de atos, romanos, 1 timóteo, tiago e 1 pedro. Foi um jesuíta espanhol que fez esta afirmativa, José O'Callaghan, na década de 70, mas suas idéias foram abandonadas pelo meio científico, pois ele se baseou em fragmentos com um texto minúsculo, quae ilegíveis, o que é uma insuficiencia de provas para se fazer tal afirmativa em bases científicas.

É óbvio que se a afirmativa do jesuíta estivessem corretas, teríamos que introduzir grandes alterações nas teorias sobre quem eram os residentes de qumran nas ultimas fases da comunidade ( que seriam então os primitivos cristãos).

Considere 2 coríntios 6,14-15 : " não vos coloqueis em jugo desigual com os infiéis. Porquanto, que sociedade pode haver entre a justiça e a iniquidade? e que comunhão da luz com as trevas? que harmonia entre cirsto e belial? ou que união do crente com o infiel?"



Toda esta passagem se parece muito com o que encontramos em qumran - o contraste luz/trevas é uma expressão usada particularmente por PAULO, e só encontra precedentes nos textos ESPECÍFICOS da comunidade de qumran, também a forte consciencia de um grupo fechado.



O nome BELIAL ocorre somente nesta passagem de corintios, em todo o novo testamento, mas aparece comumente em qumran.

Em suma, não pode se provar que a passagem de corintios seja um texto de qumran revisado, mas PAULO usa aqui uma linguagem que se conhece APENAS nos textos de qumran.



Uma afirmação semelhante pode ser feita em relação ao SERMÃO DA MONTANHA, em amteus 5-7.



Este também inclui uma série de expressões que podem ser comprvadas em qumran, porem em nenhum outro texto.



exemplo: os POBRES DE ESPIRITO (mateus 5,3) aparecem na guerra dos filhos da luz contra os filhos das trevas (14-7), mas em nenhum outro texto antigo.



Da mesma forma o preceito contido no sermão para que se evitem juramentos, por serem desnecessários, ja que somente a palvras de alguém deveria ser suficiente ( mateus 5,33-37), lembra a grande enfase dada a verdade nos manuscritos ( o MANUAL DE DISCIPLINA 2,24-36 chama o grupo de " A COMUNIDADE DA VERDADE) e talvez seja a explicação para a afirmação de Josefo de que os essenios eram despensados de fazer o juramento de lealdade a Herodes.



A obrigação de VOLTAR A OUTRA FACE ( matues 5,38-39) é encontrada no manual de disciplina e em NENHUM outro lugar.



As antiteses do sermao da montanha ( ouviste o que foi dito..., eu, porém, vos digo .... ") fazem lembrar a forma coo a ainda inédita carta halaquica (4qmmt) introduz as divergencias entre a seita e seus oponotes: "vós sabeis.... nós pensamos/dizemos...."



Das figuras do novo testamento, aventadas como possíveis de estarem nos manuscritos de qumran, como JESUS, TIAGO o justo, PAULO o apóstolo, e JOÃO BATISTA, a única mais provável que tenha estado em contato com a comunidade essenia de qumran é João Batista.



A semelhança entre João, suas vestes , hábitos , e seus ensinamentos e os ensinamentos e características da comunidade essenia de qumran é algo inegável e muito intrigante.



Os 3 evangelhos sinóticos o descrevem com características tais :



a) viveu no deserto até ter sua revelação divina.



b) pregava o arrependimento.



c)dizem que a pregaçao tinha um propósito maior nos planos divinos para os ULTIMOS DIAS, pois confirmava as palavras de isaias . ( apocalipsismo tipico de qumran,



Mateus e Marcos acrescentam uma descrição das roupas e da alimentação incomuns de joão:



c)ele usa uma vestimenta de pelo de camelo com um cinto de couro e se alimenta de gafanhotos e mel silvestre.



d) os evangelhos especificam que o batismo de João ocorreu no rio Jordão, o tipo de batismo de arrependimento que joão minstrava tem paralelo na doutrina de qumran sobre a limpeza e santificação da água.



As ruinas de qumran denotam a existencia de uma série de cisternas, algumas das quais eram usadas para os frequentes banhos rituais do membros da comunidade.



O batismo de joão e as abluções de quamran podem ter sido coisas diferentes, mas tinham conotação de ARREPENDIMENTO, ao contrario do batismo de prosélitos, que se destinavam aos judeus.



E também preciso lembrar que tanto a comunidade de qumran como joão batista tem suas missões explicadas em nossos registros pela mesma citação das escrituras - Isaías 40,3.



O manual de disciplina (8,12-15) cita este mesmo versiculo para indicar que o grupo acreditava estar cumrpindo as palvras do profeta, ao leteralmente se fixar no deserto para ali preparar o caminho do senhor pelo estudo da torá de moisés.



Outra personalidade do novo testamento sobre quem vários textos de qumran lançam uma nova luz é MELQUISEDEC.



Ele aparece algumas vezes no livro do novo testamento conhecido como EPISTOLA AOS HEBREUS como sacerdote de uma ordem á qual jesus pertencia.



O texto de Hebreus tenta justificar um possivel sacerdócio de Jesus, que era de genealogia davidica e não levitica ( portanto não poderia ser sacerdote), através da personagem Melquisedec que era uma espécie de sacerdote celestial,



Num texto de qumran, chamado 11QMelquisedec , Melquisedec apresenta uma condição sobre-humana, que claramente abrange a vida eterna, com poderes para elevar os santos de deus por feitos de julgameno e que tira vingança divina sobre o mal.



Uma semelhança total com o texto de Hebreus.



Em " os cânticos do sacrificio do Shabat", que é outro texto essenio de qumran, melquisedec parece oficiar como sumo sacerdote celestial, exatamente como jesus faz em Hebreus.



Muitas praticas rituais e comunitárias dos membros de qumran, que viviam perto do mar morto e que produziram o que chamamos de manuscritos do mar morto, apresentam alguns paralelos impressionantes com os cristãos do novo testamento. Eis alguns deles:



1) Em Atos (2,44-45 , atos 4,32) :



"e todos os que acreditavam estavam juntos e tinham todas as coisas em comum, e vendiam suas propriedade e bens, distribuindo o produto entre todos, na mesma medida de suas necessidades.



Mais adiante em atos, Lucas narra o célebre caso de Ananias e Safira, que haviam vendido umas terras, mas ofertaram à comunidade somente uma parte do preço obtido. Pedro os acusa por terem retido parte do preçoe ambos caem mortos.



Atos aqui reflete a situação na incipiente comunidade CRISTÃ de jerusalém.



Paulo, por outro lado escreve dando a entender que os membros das igrejas que havia fundado tinham meios particular para ajudar os mais necessitados (1 corintios 16,2). Mesmo em jerusalém a contibuição para a comunidade pode ter sido voluntaria





O manual de disciplina de qumran várias vezes alude a incorporação das propriedades particulares dos membros as posses do grupo. Este tema é especialmente destacadao na parte que descreve os procedimentos de iniciação para os postulantes a seita.



No começo o neófito não tem permissão de partilhar a comida pura da congregação, "nem terá qualquer parte da propriedade da congregação".



apos um ano e se aprovado, "suas propriedades e ganhos serão entreguess ao tesoureiro da congregação, que os registrara em sua conta," PORÉM somente apenas mais um ano é que realmente tudo será incorporado e usado pela congregação.



2) Outro ponto comum entre os essenios e os primeiros cristãos é a refeição sagrada com significado escatológico



A ULTIMA CEIA



que jesus clebrou junto com seus seguidores mais proximos, é apresentada de DUAS maneiras nos evangelhos: para mateus , marcos e lucas foi uma refeição de Pêssah, completa, com pão azimo e vinho, para João foi realizada na noite anterior ao Pêsah, e nem o pao nem o vinho são mencionados.



Nas versões que consideram a ultima ceia um seder de Pêssah, o pão e o vinho tem papéis importantes, na verdade ele tem significado sacramental.



Aquela descrição classica de jesus partindo o pão, e passando o vinho, e comei e bebei, é meu corpo , é meu sangue



e "por aquele dia em que ei de beber, novo, convosco no reino de meu pai"



Ora, os textos de qumran também descrevem uma refeição especial na qual entravam os elementos básicos do pão e do vinho.



O manual de disciplina se refere as refeiçoes do grupo:



"e estando a mesa preparada para a refeição e o vinho novo para ser bebido, o sacerdote será o primeiro a estender sua mão para abençoar as primicias do pão e do vinho novo.



3) Os textos de Qumran também podem solucionar um antigo problema de datas que ocorre nos estudo do Evangelho.



Os evangelhos de Mateus , Marcos e Lucas colocam a ULTIMA CEIA na sexta feira, uma refeição de Pêssah



E João coloca numa quinta feira, um dia antes da Pêssah, e a morte de Jesus ocorreu no dia seguinte, dia em que os cordeiros pascais eram sacrificados.



O calendário oficial hebraico era lunar, com alguns ajustes regidos pelo Sol. Em Qumran usava-se um calendário solar de 364 dias.



Com 2 calendários em vigor naquele tempo, é possível que os evangelhos sinópticos ( mateus , lucas, marcos) tenham seguido o calendário solar, e João o calendário oficial lunar.



Bem, de qualquer forma não há provas de que isto tenha ocorrido, e também João sendo o unico discordante contra 3 outros, e notando que segundo sua versão a morte de Jesus cai no dia de sacrificio dos cordeiros, pode bem ser que ele "ajustou" as coisas para Jesus ser o cordeiro pascal de seu povo.



Outra coisa, João não enfatiza o pão e vinho da última ceia, mas sim o ritual do LAVA PÉS e o amor mútuo.



Por outro lado, analisando a questão, os 3 apostolos seguindo um calendario solar de essenios, e salientando rituais de pão e vinho essenios, comparativamente a João seguindo calendario lunar e salientando ritual não essenio, pode ser um ponto a favor de que realmente a morte de Jesus ocorreu no dia relatado realmente, para todos, e que os 3 apóstolos refletem alguma ascendencia essenia para jesus ou todos eles.



4) Essenios ( comunidade de qumran) e Primitivos Cristãos tem uma semelhança completa na sua essencia dita escatológica, quer dizer, ambos os grupos tinham expectativas messianicas identicas, mantinham uma intensa expectativa de que ofim dos tempos chegaria em breve, ordenando suas crenças e praticas comunais de acordo com esse artigo de fé.



Uma diferença fundamental é que o manual de disciplina e também a regra da congregação afirma que viriam 2 MESSIAS, seriam os Messias de Aarão e de Israel, o sacerdotal de Aarão, o segundo mais inferior é o messias leigo, de Israel.



( nota pessoal minha : E na verdade podemos inclusive entrever uma TRÍNDADE nesta história, pois a comunidade messianica de qumran esperava para o fim dos tempos 3 personagens fundamentais : o PROFETA, o MESSIAS de aarão , e o MESSIAS de Israel, muito sugestivo isto não ?)



Deixando de lado minha especulação fantastica a respeito de triades de personagens, notem que :



Ainda é possivel fazer uma comparação intima entre Jesus O MESSIAS, com estes DOIS messias essenios.



Pois o novo testamento deixa claro que Jesus é o MESSIAS (1) por descendender de Davi , e também é o Messias (2) por ser filho de Deus e Salvador.

Inclusive não esqueça o detalhe que na epistola aos Hebreus, Jesus é também considerado um Messias Sacerdotal, o sumo sacerdote que preside o santuário celestial.



5) Um dos titulos messianicos dados a jesus no novo testamento tem agora uma confirmação em qumran, pela primeira vez na forma semita.



Em lucas 1,32-33,o anjo que aparece a Maria para anunciar que ela conceberia uma criança extraordinária, faz a seguinte descrição:



"este será grande e será chamado FILHO DO ALTISSIMO , e o senhor deus lhe dara o trona de davi, seu pai, e ele rinará para sempre sobre a cas de jacó, e o seu reinado não terá fim". O menino também sera chamado "santo, o FILHO DE DEUS" ( lucas 1,35).



Um paralelo intrigante aparece num documento da comunidade essenia de qumran:



"ele será grande sobre a terra, Oh Rei! todos hão de fazer a paz, e todos hão de servi-lo, ele será chamado filho do grande deus, e por seu nome será ele nomeado. Ele será aclamado como o FILHO DE DESU, e o chamarão de FILHO DO ALTISSIMO ...., e seu reino sera um reino para sempre".



Não se trata simplesmente de um mesmo titulo encontrado em dois textos, mas de um CONTEXTO INTEIRO que apresenta semelhanças notáveis.



6) Mais alguns paralelos interessantes entre a infancia de Jesus e noé.



Em mateus e Lucas é dito que o espirito santo envolvera maria e ela concebera ( mateus 1,18;lucas 1,35).



No caso de noé, um texto de qumran, o apócrifo do genesis ( 1QapGen) diz que seu pai, Lamec, suspeita que sua mãe , Batenos, teve um caso extramarital com um ANJO.



7) Os membros da comunidade essenia de qumram e os primeiros cristãos interpretavam os textos biblicos com a mesma forte consciencia escatológica de que o fim dos tempos se aproximava.



O "comentário de Habacuc" um dos primeiros manuscritos descobertos, mostra que o que os autores biblicos dizem sobre os ultimos dias e todo o desenlace das profecias , são consideradas pelos essenios como sendo no presente, e acontecendo com eles mesmos, exatamente como consideravam os primeiros cristãos ( aliás, como ainda CONSIDERAM as vertentes mais apocalipticas de nossas atuais denominações cristãs !)

Compare :

Habacuc 2,1-2:

"eu tomarei meu posto de vigia, e me posicionarei na torre, e aguardarei para ver o que ele me dirá, e que resposta eu darei com relação a minha quiexa. E o senhor me respondeu: --escreva a visão, grave-a sobre tábuas, para que possa ler até quem passe correndo."



Um texto semelhante ocorre nos comentarios de habacuc da comunidade de qumran, e com uma interpretação dos proprios essenios que revela que estes textos de habacuc se referem ao MESTRE DA JUSTIÇA, ao qual deus faz saber todos os mistérios das palavras dos seus servos, os profetas ( comentario de habacuc 7,1-5).



E muitas outras passagens do NOVO testamento apresentam a mesma leitura escatologica dos textos biblicos, interpretando-os como profecias que se aplicavam diratamente aos eventos contemporaneos ( sempre de/e/para si mesmos, em jesus, em qumran)



Veja :

Pentecostes em atos 2

O grupo dos apostolos estava falando cada qual na lingua dos seus ouvintes, por obra do espirito santo que se havia derramado sobre eles.



a população local fica perplexa e zomba deles. Pedro defende os que estavam falando em linguas, citando as escrituras em apoiao ao milagre linguistoc que acabara de acontecer :



" estes homens não estão embriagado como vindes pensando, s................. o que ocore é q foi dito pelo profeta JOEL : e acontecerá NOS ULTIMOS DIAS [ na verdade joel não diz ULTIMOS DIAS, ele diz MAIS TARDE , mas PEDRO adultera o texto numa tipica INTERPRETAÇÃO MESSIANICA, na defesa de seus interesses pessoais] ..... diz o senhor que derramarei do meu espirito sobre a carne, vossos filhos e filhas profetizarão, vossos jovens teroa visoe e vosov elhos sonharão"..... atos 2,15-17



Assim para o NOVO testamento, o profeta joel proclamou q o espirito divino seria derramado nos ultimos dias, e aquele evento escatológico realmente ocorreu na primeira celebração CRISTÃ do pentecostes.



8) Por vezes os autores do NOVO testamento e dos autores de QUMRAN se baeiam na MESMA passagem bíblica, e interpretando-a da MESMA maneira.



Em isaias 40,3 : Joao batista para os redatores do evangelho - seguidores de qumran = eram ambos consideraods os CONSTRUTORES DO CAMINHO DO SENHOR NO DESERTO.



Habacuc 2,4b : "mas o justo viverá pela sua fé" um dos motivos favoritos de paulo. ele o emprega em galatas 3,11 para sustentar seu arguemto de que A FÉ, e NÃO as OBRAS , é o caminho par se tornar justo diante de deus.



"é evidente que pela lei ninguem é justificado diante de deus, po o justo viverá pela fé " ( também em romanos 1,17)

O comentário de habacuc de qumran usa o mesmo texto e o mesmo método de interpretação.

9) Outra semelhança é o tipo de doutrina , ambas empregam uma linguagem dualística para descrever as opções no universo : existem apenas duas posições, sem plano intermediário.

Como ambas as comunidades ainda são judaicas naquele tempo, o dualismo é ético, os dois principios opostos são LUZ e TREVAS:

"Deus criou o homem para governar o mundo, e lhe designou dois espiritos como os quais deveria caminhar até o tempo de sua visitação: os espiritos da verdade e da mentira.

Os nascidos da verdae emanam de um fonte de luz, mas os nascidos da mentira emanam de uma fonte de trevas. Todos os filhos da justiça são regidos pelo Principe da Luz e caminham pelas verdas da luz, mas todos os filhos da falsidade são regiso pelo Anjo das trevas e caminham pelas veredas das trevas" ( manual de disciplina 3,18-21).

....... "Pois deus estabeleceu os espiritos em media igual até a idade final e plantou ódio eterno entre suas divisões. A verdade abomina as ações da mentira, e a mentira odeia todas as formas de verdade. E sua luta é feroz em todas suas disputas, pois ela não caminham juntas" ( manual de disciplina 4,16-18).

No entanto deus ordenou um fima para a mentira, e ao tempo da visitação ele a destruira para sempre ( manual da disciplina 4,18-19)

Um outro texto de qumran, o Pergaminho da GUERRA DOS FILHOS DA LUZ CONTRA OS FILHOS DAS TREVAS, contém uma descrição minuciosa das batalhas finais entre os filhos da luz e das trevas. Embora anjos poderosos lutem em ambos os lados, deus deicidrá, quando lhe aprouver, a questão a favor da luz.

Essa linguagem não é nada estranha aos leitores do NOVO testamento. Uma retórica semelhante aparece nos escritos de PAULO ( coríntios 6,14-7,1) e também de João.

Como nos textos de qumran, joão usa o contraste luz/trevas não em sentido literal, mas em seu sentido ético.

Detalhe importante : tanto os seguidores de JESUS, como os membros da comunidade essenia de qumran se intitulavam a si próprios de OS FILHOS DA LUZ.

*Texto resumido e adaptado do artigo de JAMES VANDERKAM para a revista de arqueologia biblica.por : Marco Auréli Müller - Ctba Pr 03/12/2009
http://www.cientifica.50megs.com


e Textos de diversos sites sobre essenios


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